No Brasil, 9 em cada 10 empresas estão sob direção familiar, segundo dados do IBGE. E quem vê um número tão representativo como esse muitas vezes não imagina as tantas dificuldades que se impõem aos gestores. Uma delas, bem particular desse modelo de negócio, é o que chamamos de sucessão familiar.
Para se ter ideia, dados do IBGE e do Sebrae apontam para o fato de que 70% das empresas de origem parental não passam pela geração do fundador e apenas 5% conseguem chegar à terceira geração. São percentuais bastante significativos.
É no momento de “passar o bastão” que muitos erros são cometidos, muitas vezes por falta de governança empresarial. E essas dificuldades podem acontecer em diversos níveis internos, seja na gestão das empresas, na administração do patrimônio da família ou no desenvolvimento das futuras gerações – conforme já explicou o economista e professor Jairo Gudis, da Fundação Dom Cabral (FDC), à qual a PKT Desenvolvimento Empresarial é associada.
Portanto, é preciso atenção a alguns pontos para que a empresa siga se desenvolvendo no mercado, com competitividade e lucratividade, sem que incorra em alguns erros. Nesse conteúdo, vamos listar 6 deles.
1) Não fazer um planejamento
Um plano de sucessão familiar bem desenvolvido é a base para o crescimento da empresa. Ele deve ser trabalhado enquanto o empresário está ativo e estar alinhado com os objetivos e interesses da empresa.
Quando não há um planejamento estratégico que preveja a sucessão familiar, as tomadas de decisões são prejudicadas. Afinal, essa é uma ferramenta essencial para prever riscos e gerar oportunidades. Nela deve estar contemplada, por exemplo, a profissionalização dos próximos líderes. O plano de sucessão deve ser planejado e executado com tempo hábil. Somente assim será possível evitar tropeços e decisões precipitadas.
2) Negligenciar as mudanças de mercado – e de mundo!
Reflita sobre a quantidade de inovações que aconteceram nos últimos 20 anos, imagine quantas tecnologias foram utilizadas pela geração passada (e já descartadas). As constantes mudanças exigem que os gestores sejam mais designers dos seus negócios e estejam em constante aprendizado – e isso independe da idade.
As pessoas estão vivendo mais e, consequentemente, muitas empresas têm vivenciado processos sucessórios mais tardiamente do que era o habitual. Nesse sentido, é preciso que todos mantenham a mente aberta para estudar sobre novas tecnologias e temas que podem ser efetivos para suas empresas.
Só assim é possível acompanhar a movimentação de mercado. Inclusive ter um olhar para o fato de que nem sempre o herdeiro é a pessoa ideal para assumir a empresa. Mas, se for, tem que estar preparado.
3) Não preparar os herdeiros
Não se formam sucessores da noite para o dia. O processo de desenvolvimento dos herdeiros deve ser uma constante. Afinal, todos os herdeiros nasceram “futuros sócios” e em algum momento de suas vidas terão de tomar decisões sobre a empresa. Para que isso aconteça de forma que impacte positivamente no futuro da organização, é preciso capacitá-los.
O sucessor deve ser escolhido através de uma análise prática e nem sempre a escolha mais óbvia é a mais acertada (como ser o primogênito, por exemplo). Entre os herdeiros, o sucessor deve ser aquele que tenha mais afinidade com o negócio e, em paralelo, mais vontade de fazer dar certo.
Além disso, o processo de seleção deve ser criterioso, com a apresentação de um plano estratégico para a empresa. As relações devem ser deixadas de lado para que a identificação seja feita da forma mais objetiva possível.
4) Não separar as relações pessoais das profissionais
As relações entre pais, irmãos ou cônjuges tendem a ser complexas e sensíveis. Somadas ao fato de que esse tipo de negócio tem uma alta carga emocional – devido ao desenvolvimento e dificuldades enfrentadas por quem controla a empresa –, pode haver um cenário de divergências e expectativas.
Para que a desarmonia do grupo familiar não destrua o patrimônio da empresa, recomenda-se algumas regras de relacionamento, bem como o comprometimento entre todos os envolvidos. Esse é o caminho para administrar e equacionar as divergências. De acordo com o professor Jairo, é o que chamamos de Protocolo Familiar: uma forma eficaz de conduzir situações indesejáveis para que as decisões sejam sempre tomadas com a razão – e não com a emoção!
5) Desconsiderar que há diferenças entre gerações
O sucessor não irá administrar exatamente como o gestor anterior. As gerações são diferentes e as pessoas também. Na transição de gerações, as ideias e a maneira de ser de cada um devem ser respeitadas. O importante é sempre estarem alinhadas com os valores e objetivos da empresa. O recomendado é aproveitar essas diferenças para avaliar melhorias em conjunto – e colocá-las em prática.
Mais uma vez, o gestor atual deve manter a mente aberta para que o sucessor já não inicie seu legado com frustrações. É importante lembrar que assumir uma empresa é um processo complicado, ainda mais com a história familiar que a organização possui. Por isso, demandar que ele seja uma “cópia” cria uma bagagem desnecessária para quem está começando.
6) Não buscar ajuda
Um grupo externo de aconselhamento com pessoas independentes e especialistas é sempre uma ótima opção. O mercado oferece profissionais experientes que podem aconselhar e tornar esse planejamento mais viável. A PKT possui um time de consultores sêniors com vasto conhecimento em transição de gerações.
Com a consultoria, é possível preparar e treinar o sucessor antes do efetivo início da função. Além disso, a empresa contribuiu em todo o planejamento sucessório, estruturando os negócios para o processo de transição, seja a curto, médio ou longo prazo.
A PKT Desenvolvimento Empresarial se tornou referência em consultoria nos temas gestão e governança. Os projetos que desenvolvemos são customizados de acordo com as necessidades e a cultura da empresa. Oferecemos a nossa expertise para que o seu negócio siga sempre o caminho do sucesso. Conheça um pouco mais da nossa consultoria e veja como podemos ajudar seu negócio!