Com objetivo de trazer assuntos pertinentes e relevantes para as empresas nesse contexto de pandemia do novo coronavírus, a PKT Desenvolvimento Empresarial realizou mais um encontro online, desta vez para tratar da temática do Futuro 4.0 no que tange à gestão, tecnologia e controladoria. O bate-papo contou com a participação de três palestrantes: Pádua Teixeira, presidente da PKT, Luis Roberto Mulla, diretor comercial da TOTVS Interior Paulista, e Raul Groppo, sócio-diretor da Atlas – Inteligência para Gestão.
Após breve explanação da gerente comercial Andressa Lucas de Freitas sobre o propósito da PKT Desenvolvimento Empresarial em levar conhecimento, alinhamento e harmonia para os negócios com consultorias em gestão empresarial, os palestrantes falaram em como estruturar a gestão das empresas e ter uma visão de curto e médio prazo.
Além disso, trouxeram insights sobre como gerenciar o fluxo de caixa e resultados, e abordaram o porquê de a tecnologia ser considerada um fator fundamental para suportar os negócios no Futuro 4.0.
O que é o Futuro 4.0
Com 25 anos de experiência e atuação em conselhos administrativos de várias empresas, o presidente da PKT Desenvolvimento Empresarial, Pádua Teixeira, primeiramente explicou o que é o Futuro 4.0. Ele está ligado ao conceito de Indústria 4.0 e em como a tecnologia irá aumentar a produtividade e a lucratividade de um negócio em um momento de disrupção.
“Há menos de um ano a pergunta era se as empresas estavam caminhando para a Indústria 4.0, mas o processo de disrupção chegou e o Futuro 4.0 é o modelo que deve ser praticado atualmente”, explica Pádua. Segundo o profissional, é complicado prever por quanto tempo a pandemia vai perdurar, mas o momento exige um novo modelo de gestão, uma nova tecnologia e uma nova controladoria nas empresas.
O sistema online realmente veio para ficar, o home office substituiu os modelos de trabalho presenciais e as empresas têm que se adequar com relação às barreiras sanitárias. E com base nessa última afirmação, Pádua questionou Mulla em como a TOTVS pode contribuir com as empresas do interior frente este novo panorama.
O diretor comercial da empresa no interior paulista, que já palestrou em diversas universidades sobre empreendedorismo e tecnologia, citou o reconhecimento facial para a identificação do ponto dos trabalhadores e outras inovações, como a tecnologia de campo, para saber se o funcionário está (ou não) em um determinado local.
Luis Roberto ainda abordou a questão da lei trabalhista agora flexível para o home office e a inserção da tecnologia na medicina, nas instituições de saúde e para meios de pagamento. Ao “passar a bola” para Pádua, questionou qual legado será encontrado no pós-pandemia com as tecnologias digitais, quais mudanças têm que ser que implementadas agora ou a curto prazo.
Os dois quesitos que irão diferenciar as empresas
Pádua reforçou que há duas palavras-chave para as empresas do Futuro 4.0: comunicação e conectividade. Como os colaboradores estão um pouco mais distantes com o teletrabalho, a comunicação é imprescindível para a tomada de decisões mais rápida.
“E quem não estiver conectado com o ambiente e com todos os atores que influenciam na empresa irá certamente perder em velocidade, que é o que norteia o mundo de hoje. Empresa que não tem velocidade, não anda rápido nas suas execuções”, disse.
Para reforçar a assertiva, o sócio-diretor da Atlas – Inteligência para Gestão, Raul Groppo, afirmou que as empresas têm que entender a importância da comunicação e da conectividade para transformar sua realidade e mudar a perspectiva não somente econômica e orçamentária, mas em como atingir os resultados. E não mais somente a curto prazo.
Isso porque estima-se que o mundo esteja passando apenas pela primeira onda da pandemia. A iniciativa pontual, de hoje, é orientada a caixa, de resguardar e reter valores – tanto do saldo em caixa quanto de pessoas. Mas, com a possibilidade de novas ondas, é preciso que as projeções e cálculos sejam feitos mais a médio prazo, para cobrir as postergações que estão sendo renegociadas agora.
“Pensando no ponto de vista de gestão financeira orientada e, conjecturando, temos que ser muito conservadores e conectados com a tecnologia e a comunicação”, disse Raul.
Uma breve retrospectiva para olhar o futuro
Luis Roberto lembrou que a informação e a transformação já estavam rápidas, mas o momento de pandemia irá acelerar ainda mais esse processo.
Ele fez um relato sobre sua participação na maior feira de varejo do mundo, em Nova York, há dez anos, e de como ficou assombrado com certas tecnologias como self checkout, canais omnichannel e compra por internet – e pensando em quando iriam chegar ao Brasil. Pois bem, chegaram. E algumas transformações que demoraram dez anos para ocorrer, tiveram que ser implementadas em dez dias, no máximo duas semanas. Isso está ligado à falta de visibilidade do empresário de olhar para o futuro, mesmo que tenha o pé no chão. “Com a pandemia, as empresas tiveram que se adaptar e há clientes que ligam para a TOTVS querendo montar uma loja online imediatamente. Mas a loja online requer um processo técnico, tem políticas de antifraude, política de lei de pagamento, logística, distribuição, etc. Ou seja, agora está tudo sendo feito às pressas. Esse é um dos exemplos que dou sobre o tema velocidade. É preciso pensar e se planejar antes”, analisou Luis Roberto.
SemaNow: reinvenção em forma de um novo sistema
Pádua aproveitou a pergunta de Luis Roberto sobre um modelo de gestão que possa buscar tecnologia de forma rápida para contar a experiência da PKT diante da pandemia do novo coronavírus.
Com 98% dos seus processos feitos de maneira presencial e diante da imprevisibilidade do fim da pandemia, Pádua sabia que a empresa teria que se reinventar. Passou a elaborar protocolos sanitários e tem feito testes com equipamentos de ozônio, ultravioleta, ionizadores e ozonizadores. Tudo isso de forma a oferecer grandes alternativas para as médias empresas. E há quatro meses pensou em criar um programa para que as organizações pudessem fazer a gestão, com apuração e projeção de caixa online.
O resultado foi o SemaNow, que engloba a combinação de estratégias emergenciais e de retomada de crescimento com o objetivo de garantir a sustentabilidade das empresas. Com propósito de que os planejamentos sejam executados ao final da semana, a ferramenta vem para auxiliar as empresas na adoção de estratégias mais pontuadas e com resultado imediato. Para agendar uma apresentação do SemaNow, clique aqui.
O que está intimamente ligado à importância da contabilidade, conforme explicou Raul, que se for bem estruturada irá convergir em segurança e confiança de dados que contribuem para a tomada de decisões corporativa. “É assim que uma boa gestão financeira ajudará as empresas no que (ainda) está por vir”, finalizou.
O encontro online terminou com um bate-papo dos participantes ao responder a perguntas desafiadoras sobre como resolver a equação de rentabilidade x caixa x velocidade. Para assistir à íntegra, acesse aqui.